Sinfonias distorcidas

Doce aroma da paixão, te faz perder toda a razão.
Chega, aconchega, lança sobre ti a mais linda maldição.
Você acha, e não passa de uma covarde sinfonia.
Que distorce os sons enviados para ti.
Os seus olhos penetrantes, cristalinos como a lua;
fitam em mim, choram por mim, gritam por mim, até sair algumas palavras abafadas de minha boca em seus ouvidos. Que até então, seria a covarde sinfonia.
E você procura, procura não se entregar, pois sabes que serás possuído de tal forma, que amedronta até o mais forte dos homens. E você se pergunta, que poder seria este que está mulher tens? E principalmente, que poder é este que tens sobre mim?!
E assim como o veneno que te arranca suspiros de vida, que engole cada partícula existente em você, tu sabes que acontece o mesmo quando estou contigo, e o mundo para, pra você.
Correndo descuidadamente por entre as arvóres, eu te vejo, uma ilusão, não passa de uma fértil imaginação que insiste em criar situações que conspiram em uma morte lenta e fatal de amor.
Sinto na leveza do vento sobre meu rosto, o quanto domino teus sentidos, o quanto você se perde, e o quanto você se encontra, se depara com seu eu interior, se refaz, se vê nu, quer de alguma forma mudar, quer de qualquer forma sair, mas não existe mais formas, estás preso a mim, assim como de algum jeito subliminar, e estranho estou á você.