terça-feira, 30 de agosto de 2011

Talvez

Talvez seja dor.

Talvez carência.

Talvez calor.

Talvez apenas inocência.

Talvez não seja para ser.

Talvez seja só emoção.

Mas talvez seja até morrer.

Talvez seja de coração.

Talvez ela nem pense em mim.

Talvez nem exista afinidade.

Talvez não seja tão difícil assim.

Ou talvez seja apenas saudade.


Por Rodrigo Ribeiro

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

domingo, 7 de agosto de 2011

E que jovens

Eu como uma observadora nata, modéstia, reparo minuciosamente atitudes cotidianas, geralmente da grande idiotice coletiva de jovens e adolescentes.

Interpretem a critica como quiserem! A verdade é essa, esses seres completamente alienados além de invadirem as ruas com escândalos sobre festas, bebidas, ''ficantes'', invadiram por inteiro o mundo virtual! Desde então a paz acabou em todos os lugares.. sim, eu entendo que todos ( existem raras exceções, porem existem ) passam por uma fase difícil, rodeada de rebeldia desnecessária, e tendo como bordão '' eu sou jovem, tenho que aproveitar a vida '', porem futilidade escancarada e que nunca passa é o cúmulo!

Coletividade é a filosofia, aquela velha irmandade, sabe né? Um milhão de fotos nas redes sociais, e no meio dessas uma sem a cerveja diária, isso porque você estava com a sua mãe dizendo que a ama, que paradoxo, não?

Eles querem fazer isso tudo descer na sua garganta custe o que custar, e não nego isso me deixa possessa de raiva! Ver o quanto o mundo de tais é resumido, restrito a bobeira e mais bobeira me faz pensar no que eu poderia fazer pra mudar isso, mas céus, só de pensar nisso me lembro de situações diversas.. eu tentando colocar um pouco de consciência na cabeça, e os efeitos são pequenos por mais que as doses sejam gigantescas.. logo lá estão novamente onde os achei.

Não gosto de ser taxada como ''adulta'', longe de mim, não sou madura, nem perto, mas acho que um pouco de reflexão não faz mal à ninguém, pensa aí o que você tá fazendo da sua vida hoje.

Eu percebi o quanto o tempo vem passando rápido, parece que tantas coisas que vivi aconteceram ontem, mas não, já passamos da metade do ano, e o que você fez de bom? Já que é tão difícil, eu entendo, o que você deixou de fazer de mal?

Pessoas que precisam constantemente de gente massageando o ego, fazendo se sentirem melhores, deve ser realmente satisfatório, mas pra quê?

Me enoja ver demonstrações de afeto hiperbólicas, onde todos sabem que não é verdadeiro, e me pergunto novamente, pra quê?

Tentam desesperadamente buscar onde está seu valor, engano, e por vezes tentam se mostrar superiores de tantas formas para não serem atacadas, mas quando são, a queda é a pior, é interna.

Dizem tanto que os jovens são o futuro, e é com esses jovens que teremos um futuro? Decadência.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Rabiscos, papéis amassados, um pensamento

Prisão. O que significa pra mim, me sentir assim?
As lágrimas de desespero se converteram em choro calado, lento, talvez um choro de força, que me faz erguer os olhos e aperta-los até enxergar luz, qualquer ponto de luz que me guie para a glória.
Sinto uma imensa falta de necessidade dos que me rodeiam, não chego nem perto de ser auto-suficiente, na realidade nua e crua ninguém de fato é.
Quem sabe seja por eu ter minhas prioridades e metas, não mais olho os lados e não faz meu perfil viver sob o cargo de fazer a graça alheia.
Papéis, muitos deles, riscados no momento de dor, me fazem comprimir, até eu sentir que sumi, assumo isso sem receio.
Com meu rosto enterrado em livros, histórias diferentes, longes da realidade e tão perto de mim, eu finjo uma apatia escancarada quando na verdade há coisas vivas dentro de mim, o que faz explodir em meu peito quando por vezes me vejo à um passo de sacrifica-las, fujo, corro secretamente da saudade, ela me apavora, a falta do poder, e então acordo ocupando todos os cantos novamente.
Passo tempos observado todos, tão carnais, fracos e oprimidos por si mesmo na tentativa frenética de serem aceitos, sinto pena.
Não sou superior, mas não nego que as vezes me sinto assim.
O isolamento faz coisas, e eu gosto da forma como a solidão me trata.
As vezes me sinto ferida por ela, mas por outras aconchega.
Adoro emoções, variadas delas, mas aprendi a seleciona-las.
Sou tão jovem, mas já consigo enxergar que isso aqui passa bem rápido e que a hora de tentar ser alguém, é agora.