terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aquele velho medo

Se realmente quer saber, eu cansei de me esconder.
Eu cansei de tentar uma relação amigável com o medo.
O medo de tentar, o medo de ferir meu coração.
Se quer saber, eu creio que deveria ser mais justa comigo
e me dar a chance ao menos uma vez de ser feliz, isso sem o maldito medo.
Porque eu não poderia procurar a minha paz em um sorriso?
E minha calma em um abraço?
Verdadeiramente, eu poderia arriscar, sem aquele velho receio de cair, de afundar
e não conseguir me recuperar.
De andar por aí, e dizer as coisas que meu coração a tanto tempo guarda.
Sabe aquela sensação de que se não seguir em frente, de que se não ouvir seu coração
e deixar a razão mais uma vez gritar mais alto você irá se matar lentamente
machucando os seus próprios sentimentos?
Acho que é assim que acontece, eu não falo, não faço, me escondo, e finjo freneticamente não entender, e negar para mim mesma meu ato covarde, mas quando
me deparo com o silêncio, é esta a hora em que eu converso comigo e digo a mim mesma
as coisas que eu deveria ter feito, dito, e não o fiz, e porque não o fiz? Por MEDO!
Medo de não saber me controlar, evitar, me entregar, de viver, tentar.
Mas de todos, o meu maior medo,
é o medo de AMAR!

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